quarta-feira, 1 de julho de 2015

De urtiga a flores, chefs adotam plantas incomuns na cozinha

A má fama da urtiga é grande. Quem vem da roça adora contar "causos" do estrago que a danada faz na pele. Mas ela não é de todo ruim.
Experimente empanar as folhas com ovo e farinha de rosca. Frite e coma sem medo —se queimar a boca, a culpa é do óleo quente, já que a planta perde o poder irritante depois de cozida. Fica com gosto de peixe. Inusitado?
Pois a urtiga e outras 350 espécies estão listadas no livro "Plantas Alimentícias Não Convencionais no Brasil", lançado pela editora Plantarum em 2014. Em 768 páginas, Valdely Kinupp e Harri Lorenzi falam sobre elas, as Pancs, não necessariamente desconhecidas, mas nem sempre vistas como alimento.
São espécies rústicas, que não necessitam de trato no cultivo e podem brotar espontaneamente em terrenos baldios. Não raro, são confundidas com ervas daninhas.
"Muito do que é tido hoje como não convencional já foi consumido no passado e, por algum motivo, o hábito se perdeu. O objetivo é resgatar esses sabores e driblar a monotonia à mesa", prega Kinupp.
Foi batendo na tecla dos novos sabores que o pesquisador fisgou a atenção de chefs como Helena Rizzo, do Maní. Apresentou-lhe o lírio-do-brejo, que logo virou sorvete.
"Foi uma descoberta e tanto. A raiz lembra gengibre e a flor, perfumadíssima, parece jasmim", diz Helena, que cata a espécie toda vez que vai para o litoral. "Tem aos montes na beira da estrada."
A chef conta com fornecedores do lírio-do-brejo para os preparos no restaurante. Mas o fato de as Pancs terem baixa popularidade e não serem cultivadas em larga escala —qualidades que as definem, diz Kinupp— faz com que a sua oferta seja pequena também.
Pensando nisso, Ivan Ralston, do Tuju, resolveu cultivar a própria horta no restaurante, com cerca de 200 espécies. "Plantamos o que não encontramos no mercado."
Ali florescem beldroega, espinafre-da-nova-zelândia, feijão-guandu e outras espécies que dão personalidade aos pratos da casa.
Uma das receitas, por exemplo, é o Buquê de Pancs, com alface romana servindo de cesta para folhas de caruru, tatsoi, ora-pro-nóbis, capuchinha, trevo-roxo e espécies comuns, como chicória. Para comer com as mãos.
No Esquina Mocotó, a capuchinha também vem da horta própria e vira comida nas mãos de Rodrigo Oliveira —a folha dá graça à receita do pirarucu com cuscuz de farinha uarini e castanha-do-pará.
Já o chef Alex Atala usa no restaurante D.O.M. plantas como ora-pro-nóbis —no prato amazônico chibé, que leva frutos do mar e farinha de mandioca.
Apesar do pouco mercado, também é possível levar Pancs para casa em São Paulo. O projeto Muda (Movimento Urbano de Agroecologia) organiza a venda de espécies todos os domingos na feira orgânica do shopping Villa-Lobos.

"Tem muita gente que não compra Panc porque não faz ideia do que fazer com aquilo. Nosso trabalho é, além de oferecê-la, orientar seu preparo", diz Guilherme Ranieri, educador ambiental do Muda e autor do blog "Matos de Comer". 

Confira a matéria completa na Folha de São Paulo.

terça-feira, 9 de junho de 2015

Olá querid@s!

Nosso domingo (07/06) em homenagem ao dia do meio ambiente foi um show de sabores da nossa biodiversidade.


Tivemos uma grande variedade de receitas preparadas pela Renata e pelo Mário, que trouxeram os produtos precisos da Rede Agroflorestal do Vale do Paraíba.



Foi uma aula incrível e todos ficaram surpresos em ver como é possível produzir tantas espécies nutritivas em sintonia total com restauração das matas nativas.
O Clóvis, doutor que estuda os sistemas agroflorestais e é nosso parceiro de caminhada, fez uma bela apresentação dos conceitos desse modelo tão lindo de produção.



Conseguimos mostrar como nosso país, que tem a maior biodiversidade mundial, pode redescobrir sua flora comestível e levar nutrição aos seus habitantes sem deixar de preservar seus ecossistemas. Há sustentabilidade mais verdadeira que essa?

Curtam as delícias nas fotos!!!







Gratidão,

Beijos

quarta-feira, 3 de junho de 2015

Salve amig@s da agoecologia,
Estamos em um período de muita ação!

Há no Brasil, um intenso debate sobre a lei 4148/2008, recém aprovada na Câmara e em tramitação no Senado. Ela isenta os fabricantes de produtos que contenham ingredientes transgênicos da obrigação de inserir essa informação em seus rótulos (o que antes era feito através da aplicação do símbolo de um T dentro de um triângulo amarelo).
A omissão dessa identificação no rótulo é um golpe nos direitos dos brasileiros de saberem o que ingerem e terem opção de escolha.
O mundo todo está fazendo restrições aos OGMs devido ao surgimento de cada vez mais provas de que eles são prejudiciais em inúmeros aspectos aos seres humanos e ao planeta.


O dia 23 de maio foi escolhido há alguns anos para ser o dia de luta contra a principal indústria de transgênicos, a multinacional Monsanto, e povos de diversos países saem às ruas para dizer que querem uma alimentação livre desses produtos.

Nós, movimentos sociais de São Paulo, estamos na ativa. E, desde o dia 23 de junho, estamos realizando um conjunto de atividades para combater o uso de OGMs em nosso país. Seguiremos em ritmo intenso nessa proposta até o dia 5 de julho, quando uma festa julina livre de transgênicos será realizada no minhocão.
No próprio dia 23/5, realizamos uma aula pública no vão do MASP e fizemos uma manifestação pacífica na frente do Museu, conversando com os pedestres e distribuindo material. Foi um dia de muita troca de conhecimento, com a participação de pessoas de atuação de destaque no setor.


A aula foi ministrada pela professora Larissa Mies, da Geografia da USP, pela pesquisadora Renata Amaral, do IDEC, e pelos ativistas da Campanha Permanente Contra os Agrotóxicos e Pela Vida, José Prata e Susana Prizendt. Cada expositor apresentou um aspecto problemático dos transgênicos: na saúde, no meio ambiente, na economia e nos direitos do consumidor.



Já no dia 25/5, foi a vez da sede paulistana da Monsanto receber uma manifestação anti- OGMs na frente do edifício. Um equipamento de som foi usado para disseminar informações que mostram os danos que a empresa está provocando no mundo.


Confira um breve curta aqui

Abaixo, seguem algumas matérias na mídia sobre essas ações.
A programação desse período pode ser acompanhada na páginado Facebook!

Seguimos semeando sem veneno!!

sexta-feira, 22 de maio de 2015

Dia Mundial Contra a Monsanto

Salve pessoas amigas da agroecologia,

Nesse mês de maio, com intensas ameaças em nossa legislação nos setores dos alimentos, dos direitos humanos e do trabalho, nós estamos alertas e atuantes para que as poucas garantias que conquistamos em nosso país não sejam destruídas por integrantes do executivo, do legislativo e do judiciário, comprometidos com uma elite econômica que só pensa em ampliação de lucros.
Se o poder das mega empresas produtoras de agrovenenos e transgênicos é forte, nós, que tanto acreditamos em uma sociedade mais equilibrada e justa, também temos nossos instrumentos.
Estamos em ação, organizando oficinas, rodas de conversa, mutirões e atos de resistência, como o que faremos nesse sábado, dia 23/5 ao meio dia no vão livre do MASP. 
Nossa voz está ecoando, o boletim desse mês traz vários textos com notícias importantes para embasar nossa caminhada.



Boa leitura e seguimos juntos pela vida plena!

terça-feira, 19 de maio de 2015

Receitas de domingo (17.05) com o MUDA SP!!

O domingo foi delicioso, com uma energia radiante da Conceição e do público (que estava cheio de vontade de interagir)

                              
Tivemos bastante gente na atividade e tudo foi feito com muito capricho, desde a decoração até a escolha dos ingredientes e seleção das receitas para que harmonizassem com o clima de outono, que uma hora está fresquinho, outra hora está um pouco abafado.
E tivemos trabalho pra valer, ajudamos no preparo de muitas delicias e servimos uma grande quantidade de pessoas porque todos queriam provar as bebidas e comidas inovadoras que foram feitas na hora pela nossa mestra mágica da culinária viva.
Os produtores também gostaram e aproveitaram, pois já sabiam dos talentos de nossa convidada e vieram prestigiá-la.



A sessão de autógrafos também foi calorosa e eu fiquei bem feliz porque minha mãe comprou o livro que eu queria ler, com muitas receitas para crianças de todas as idades e eu ainda ganhei outro da Conceição, que traz alimentos menos usuais e soluções para períodos de mudanças. Ambos serão úteis na elaboração de nossas oficinas, buscando levar sempre mais conhecimento aos frequentadores.



No segundo semestre, lá pelo mês de setembro, podemos ver se conseguimos trazê-la de novo, pois o tempo foi curto para tantos assuntos sábios e perguntas das pessoas e o trabalho dela envolve uma quantidade imensa de ingredientes.

No dia 7/6, teremos especial da semana do meio ambiente, traremos produtos da agrofloresta com oficina culinária aliada à restauração das matas. 
Seguimos semeando o bem!